Cinco mitos sobre energia solar

O mercado da energia solar está florescendo, e as notícias são cada vez mais animadoras: investimentos em alta, preços em queda, tecnologia avançando. Em 2015, o setor bateu seus recordes mais uma vez, com um aumento de 16% de capacidade instalada em comparação ao ano anterior e uma queda de 17% no preço geral dos sistemas de produção de energia solar, que se tornaram também mais eficientes e resistentes.

Nesse contexto, problemas que eram verdadeiros há alguns anos, hoje já estão superados. Mas alguns mitos sobrevivem. Este é o tema de um artigo publicado por Sarah Lozanova no portal Earth911. A jornalista lista cinco dos principais mitos relacionados à essa fonte de energia renovável, e explica porque não são mais verdadeiros. Eles são:

 

1. Os painéis solares requerem muita manutenção

post-PS-6-5

Segundo Lozanova, ainda que seja necessário limpar os painéis solares da poeira e sujeita algumas vezes por ano, os sistemas sem baterias não possuem partes móveis e, na verdade, quase não precisam de manutenção. A tecnologia é tão confiável, que os produtores muitas vezes oferecem de 20 a 30 anos de garantia.

A maior parte dos painéis solares está ligada à rede elétrica e não têm baterias – e em alguns países, é permitido injetar na rede pública o excesso de energia produzida em cada casa. “As baterias diminuem a sustentabilidade e a eficiência dos sistemas solares, já que nem toda a energia é realmente capturada e utilizada”, afirma Lozanova. No caso dos sistemas com baterias, elas sim precisam de manutenção e devem ser substituídas a cada cinco ou dez anos.

 

2. A energia solar é cara

post-PS-1-5

Há algumas décadas, isso realmente era verdade. Mas hoje em dia, o custo dos painéis solares caiu muito. Com o avanço da tecnologia, a produção de energia solar também tem aumentado. “Agora que a eletricidade solar cresceu exponencialmente em popularidade, os equipamentos são produzidos em massa, permitindo que os preços caiam significativamente”, explica Lozanova. “É um fenômeno similar ao que aconteceu com câmeras, aparelhos de DVD e laptops. Mesmo que o preço fosse alto quando eles chegaram ao mercado, caíram dramaticamente e estes aparelhos se tornaram acessíveis para muitas pessoas”.

Além disso, a eficiência energética dos painéis solares têm crescido, passando de entre 16% e 17% no passado a entre 17% e 21% hoje. Levando em conta o preço da energia fornecida pela rede pública, a jornalista afirma que os painéis solares hoje são um ótimo investimento. Ela cita o aumento das tarifas nos Estados Unidos, mas a reflexão pode ser verdadeira também para o Brasil: entre janeiro e outubro do ano passado, o preço da energia elétrica no país subiu 49%, de acordo com dados do IPCA.

 

3. Os painéis solares não geram muita energia no inverno

post-PS-7-5

A menos que você more no Polo Norte ou no Polo Sul, isso não é verdadeiro. Os sistemas de geração de energia solar podem, sim, gerar uma quantidade significativa de energia durante o inverno – mesmo que os dias sejam mais curtos e a angulação do sol seja diferente.

A explicação é simples: os painéis solares usam luz, não calor, para produzir energia. E um friozinho é, na verdade, até positivo: “quando a temperatura dos painéis solares está menor, eles são capazes de produzir mais energia renovável. Quando chega a 32°C, o seu rendimento começa a cair”, afirma Lozanova. A temperatura dos painéis solares é, em média, cerca de 20°C mais alta que a temperatura ambiente.

 

4. A tecnologia solar não é confiável

post-PS-2-5

Os sistemas de produção de energia solar são, sim, bastante confiáveis durante os seus 25 ou 30 anos de vida útil. De acordo com o EU Energy Institute, 90% dos painéis solares dura por 30 anos ou mais.

Lozanova explica que os painéis solares são projetados para suportarem climas extremos, incluindo, por exemplo, chuva de granizo e a queda de galhos. E justamente por sua confiabilidade, são frequentemente usados para fornecer energia para sistemas vitais como semáforos, sinalização de aeroportos, boias de navegação, etc.

 

5. Quem tem painéis solares é desconectado da rede e armazena energia em baterias

post-PS-4-5

Como vimos no primeiro tópico, a maior parte dos sistemas de geração de energia solar é conectado à rede, tanto por razões financeiras quanto por razões ecológicas.

Do ponto de vista ecológico, as baterias têm prazo de validade, e podem se tornar um problema ambiental se não forem corretamente descartadas.

Já sob um aspecto econômico, nos países em que é permitido injetar energia na rede pública, os consumidores recebem até mesmo descontos na conta de luz. “Estudos mostram que entre 20% a 40% do rendimento dos sistemas solares é inserido na rede, ajudando a abastecer as casas vizinhas”, conta Lozanova.

Mas é claro que se a casa estiver localizada em um lugar isolado, sem abastecimento de energia, o uso de sistemas com baterias é o mais recomendado.

Fonte: portal Earth911 – renewable energy roundup: 5 myths about solar energy

Deixe um comentário