Oriundo da Espanha e usado massivamente em casas portuguesas dos séculos XVII, XVIII e XIX, os ladrilhos hidráulicos surgiram como opções aos revestimentos em pedras naturais (cada vez mais caros e escassos) e foi trazido para a Brasil com a colonização europeia. Andou esquecido por um tempo, mas nos últimos anos voltaram com tudo no mercado da construção.
O charme dessas peças feitas de cimento e pigmentos é inegável. Afinal, cada peça é feita a mão. As imperfeições das estampas e de suas bordas trazem um ar artesanal que é muito bem-vindo em espaços de refeição e convívio. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados tanto na instalação quanto no uso diário das peças.
Em relação à instalação, é importante o uso de argamassa branca. A cinza, apesar de ser a mais usual em outros revestimentos e mais barata, podem deixar manchas. Isso acontece porque o ladrilho é poroso e absorve água e demais substâncias com mais facilidade. Também não é recomendado usar martelo de borracha no assentamento e sim as mãos. O mais comum é a instalação com “junta seca”.
Para a impermeabilização, deve ser aplicado 3 mãos de resina acrílica com intervalos de 48 horas. Mas atenção: primeira mão só deverá ser aplicada depois de uma semana do assentamento, para a argamassa secar completamente. Somente depois da primeira mão de resina, deve-se aplicar o rejunte.
Com esses cuidados, os ladrilhos têm duração igual ou superior ao de outros acabamentos. A faixa de preço é similar à de um bom porcelanato. Para a limpeza, um pano úmido e sabão neutro dão conta do recado. Os usos possíveis são praticamente ilimitados: Salas, cozinhas, áreas de churrasqueira e até mesmo fachadas. E em algumas fábricas é possível gerar até mesmo estampas personalizadas. Já pensou?